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ESPECIAL TUCUNARÉ

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Espécies de TUCUNARÉ

O nome "Tucunaré" tem origem indígena, mais especificamente da língua tupi-guarani, que é uma família de línguas indígenas faladas por diversos grupos étnicos no Brasil e em outros países da América do Sul.

Segundo o Dicionário de Palavras Brasileiras de Origem Indígena, a palavra Tucunaré – vem do Tupi “tucun” (árvore) e “aré” (amigo), ou seja, “amigo da árvore”.


Fonte: Dicionário de Palavras Brasileiras de Origem Indígena – Clóvis Chiaradia e Wikipédia

O nome TUCUNARÉ

valoriza e preserva a diversidade linguística e cultural

A adoção do termo "Tucunaré" para denominar essa espécie de peixe é uma forma de reconhecer a importância das línguas indígenas e da herança cultural dos povos nativos da América Latina. É uma maneira de valorizar e preservar a diversidade linguística e cultural que faz parte da história e identidade dessas comunidades.


É importante ressaltar que os nomes indígenas das espécies muitas vezes possuem significados e interpretações específicas dentro da cultura e da língua de cada comunidade indígena. Portanto, o significado exato pode variar de acordo com a região e o contexto cultural em que o termo é utilizado.

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LOCAIS NATIVOS DO TUCUNARÉ

O tucunaré é um peixe nativo de algumas regiões da América Latina, sendo encontrado principalmente nas bacias amazônica e araguaia-tocantins. Sua distribuição geográfica abrange países como Brasil, Colômbia, Peru, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

Alguns dos rios onde o tucunaré é encontrado naturalmente incluem:

Rio Amazonas e seus afluentes (como os rios Negro, Solimões, Madeira, Japurá, Purus, entre outros).

Rio Orinoco (Venezuela).

Rio Xingu (Brasil).

Rio Tocantins (Brasil).

Rio Araguaia (Brasil).

Rio Essequibo (Guiana).

 

Esses são exemplos dos principais rios onde o tucunaré é encontrado naturalmente na América Latina. Vale ressaltar que a distribuição exata das espécies de tucunaré pode variar dentro dessas bacias hidrográficas, e existem diferentes subespécies e variações regionais.

O BERÇO DO TUCUNARÉ

A região Amazônica

A região amazônica é considerada o berço do tucunaré, onde diversas espécies desse peixe são encontradas. A vasta extensão da Floresta Amazônica e seus rios sinuosos fornecem um habitat ideal para o tucunaré, que se adaptou às águas quentes e cheias de vegetação da região.
 

Já na bacia do araguaia-tocantins, o tucunaré também é encontrado em grande quantidade.

 

Essa região abrange partes do Brasil, incluindo os estados do Mato Grosso, Goiás e Tocantins, e apresenta uma variedade de rios, lagos e lagoas propícios para a sobrevivência e reprodução do tucunaré.
 

Essas áreas oferecem uma rica diversidade de habitats aquáticos, desde rios de águas escuras até lagoas de águas claras, proporcionando condições ideais para o desenvolvimento e a prosperidade do tucunaré. Sua presença nessas regiões contribui para a importância e a popularidade do peixe na pesca esportiva e na cultura da região amazônica.

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UM PEIXE EXÓTICO

A expansão do tucunaré pelo Brasil

O tucunaré expandiu sua presença além de suas regiões de origem no Brasil. Essa expansão ocorreu principalmente devido à introdução humana em diversas represas, lagos e rios de diferentes regiões do país.


A introdução oficial e legal do tucunaré em novos ambientes ocorreu com o objetivo de promover a pesca esportiva e o turismo, aproveitando a capacidade de adaptação desse peixe a diferentes ecossistemas aquáticos, principalmente em represas formadas para fornecimento de água e energia elétrica. Como resultado, hoje é possível encontrar tucunarés em represas e rios de várias regiões brasileiras, como o Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. 


Uma polêmica - Independente de defender ou não a existência do Tucunaré em ambientes onde ele não é nativo, o fato é que ele existe.

Essa expansão do tucunaré trouxe benefícios econômicos e de lazer para as regiões receptoras.

 

A pesca esportiva do tucunaré gera recursos para toda a cadeia de turismo, atraindo pescadores de todo o país e até mesmo do exterior.

 

Além disso, a introdução do tucunaré estimula o turismo relacionado à natureza, impulsionando a economia local. No entanto, é importante ressaltar que a introdução de espécies exóticas, como o tucunaré, também pode ter impactos negativos nos ecossistemas nativos. A presença do tucunaré pode afetar a dinâmica das comunidades aquáticas, competindo por recursos e até mesmo predando espécies nativas. 

 

Portanto, é necessário um manejo adequado e monitoramento contínuo para evitar problemas ambientais. A expansão do tucunaré além de suas áreas de origem no Brasil exemplifica a complexa interação entre a ação humana, o desenvolvimento econômico e a conservação dos ecossistemas aquáticos.

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REGISTROS OFICIAIS DE INTRODUÇÃO DO TUCUNARÉ

Aqui está uma lista de alguns rios, lagos e represas no Brasil onde o tucunaré foi introduzido como espécie exótica:

 

  • Represa de Três Marias (Rio São Francisco)

  • Represa de Furnas (Rio Grande)

  • Represa de Jurumirim (Rio Paranapanema)

  • Represa de Ilha Solteira (Rio Paraná)

  • Lago de Itaparica (Rio São Francisco)

  • Represas do Sistema Cantareira

  • outras

Essas são algumas das áreas em que o tucunaré foi introduzido como espécie exótica para promover a pesca esportiva e o turismo. 


É fato que o Tucunaré é encontrado em diversos outros locais, cuja introdução pode ser consequência de transposições pós efeitos da natureza, acidentes em lagos e açudes particulares ou mesmo de introdução ilegal.

Tabela de espécies de Tucunarés

Existem 16 espécies documentadas do gênero Cichla:

  • 15 delas estão no estudo (Sven O. Kullander* and Efrem J. G. Ferreira** - 2006), mas pode mudar a medida que novas pesquisas são feitas. O estudo atual está disponível neste link.

  • 1 delas o Cichla cataractae que vive no leito do rio Essequibo está no estudo (Cichla cataractae (Cichliformes: Cichlidae), new species of peacock bass from the Essequibo Basin, Guyana and Venezuela - Mark H. Sabaj, Hernán López-Fernández, Stuart C. Willis, Devya D. Hemraj, Donald C. Taphorn, Kirk O. Winemiller - 2020). O estudo está disponível neste link 


É importante observar que a classificação científica de algumas espécies pode sofrer revisões e atualizações à medida que novas pesquisas são realizadas. Além disso, existem outras espécies de Cichla documentadas que podem não ter sido incluídas nesta lista específica.

É fato que os nomes populares podem nos levar a confundir espécies, uma vez que alguns nomes são os mesmos para espécies diferentes.

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Fonte de informação para pescador

O Tucunaré é uma espécie estudada cientificamente, cujos trabalhos tem objetivo claro de, como o nome diz, abordagem científica. Não é um material para nós pescadores, nem tem o objetivo de clarear questões que nós pescadores buscamos.

Um ponto importante é a diversidade de espécies de Tucunarés que aumenta a complexidade de administrar corretamente os nomes populares com os nomes científicos. Isso pode ser facilmente identificado ao comparar informações de duas fontes não científicas.

Existe muita informação disponível em diversos sites que são também boa fonte de informação, como o blog do Pesca Gerais, o da FishTV, o da Quisty,  entre outros. 

 

Outra fonte onde busquei informação foi o livro Peixes Fluviais do Brasil escrito por Alec Kruse Zeinard e Rubinho de Almeida Prado, um trabalho completo das nossas espécies esportivas.

Cichla temensis

tucunaré-açu, tucunaré-paca, tucunaré-sarabiano - Cichla temensis

Nativo dos Rios (e seus afluentes) Solimões, Negro e Baixo Madeira pode chegar a 1mt de comprimento e acima de 10kg. É uma das espécies mais desejadas pelos pescadores esportivos, sendo que um peixe de 8kg já seja considerado um troféu para a maioria deles. 

Foram feitas tentativas de introdução foram feitas fora de suas áreas nativa com registro de sucesso em Singapura.

A melhor época para pesca é quando as águas estão baixas, quando as matas não estão inundadas.  

O Tucunaré Açu gosta de remansos, lugares com estruturas. Por conta da sua força e dos locais em que ele costuma emboscar suas presas é importante que o líder e tippet sejam resistentes, sendo indicado para Streamers, fluorcarbono entre de 40lb e 60lb. E para moscas de superfície, entre 70lb e 90lb de um bom Nylon duro para os grandes Poppers.

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Cichla piquiti

tucunaré-azul

Nativo da bacia do Tocantins-Araguaia e Rio Capim. 

Um peixe de beleza única, principalmente quando visto sua silhueta refletida pelo sol sob as aguas rasas.

O nome Tucunaré Azul, foi dado por conta do tom azulado das nadadeiras, foi uma das espécies escolhidas para os diversos povoamentos governamentais de reservatórios construídos pelo homem. E prosperou.

Hoje, pode-se encontrar em diversas represas do Nordeste, Sudeste e Centro-oeste.

É um peixe vigoroso cujo tamanho chega ao redor de 60cm. Na represa de Serra da Mesa em Niquelândia, GO, exemplares a partir desse tamanho são troféus disputados pelos pescadores. Peixes maduros cuja coloração escurece, fato que lhe concedeu um apelido carinhoso de Cara Preta.

Apesar de menores que os gigantes Açus, o pescador de Fly não deve menosprezar sua potência ao ser fisgado, sendo recomendado equipamento #8 com líder de 40lb ou 50lb. Uma das moscas coringas para esse peixe é o padrão Arari, que também faz sucesso nos parentes Amazônicos.

Cichla kelberi

tucunaré-amarelo, tucunaré-pitanga

São peixes que estão entre 35cm a 50cm chegando até 6kg. Ele ganha o nome de Tucunaré Amarelo, por conta da cor amarelada das suas nadadeiras.
 
É originário dos Rios Tocantins e Araguaia e foi Introduzido com sucesso em represas do Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste. Tem-se registro de implantações com sucesso na Florida e Havaí.

Os pescadores de Fly podem usar equipamentos #6 com líder entre 25Lb e 35Lb. O padrão de moscas é o mesmo das outras espécies. Os streamers podem ter tamanho reduzido para o padrão de peixes do local de pesca. Você pode escolher streamers em torno de 5cm a 12cm.

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Cichla monoculus

tucunare-amarelo, tucunaré-popoca, tucunaré-açuzinho

O tucunaré-popoca tem um porte médio, chegando até 40cm e 3kg.

Ele é originário da Amazônica nos trechos de planice e foi introduzido com sucesso por meio de programas governamentais em represas do Sudeste.
 

Sua pesca com fly segue as mesmas indicações de moscas, considerando que é uma espécie menor, portanto todo o conjunto deve reduzir para ser compatível com os peixes do seu local de pesca. 

Os pescadores de Fly podem usar equipamentos #4 a #6 com líder entre 15Lb e 20Lb. O padrão de moscas é o mesmo das outras espécies. Os streamers podem ter tamanho reduzido para o padrão de peixes do local de pesca. Você pode escolher streamers em torno de 5cm a 12cm.

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tucunaré - Cichla jariina

Rio Jari

tucunaré - Cichla melamiae

Médio Xingu

tucunaré-amarelo - 

Cichla ocellaris

Alto Rio Branco (afluente do Rio Negro) - Introduzido na

Represa de Três Marias e Represa de Furnas

tucunaré-borboleta, tucunaré-botão - 

Cichla orinocensis

Bacia do Rio Negro

tucunaré - Cichla nigromaculata

Alto Rio Negro

tucunaré-açu - Cichla thyrorus

Endêmico da Bacia do Rio Trombetas

tucunaré-amarelo - 

Cichla pleiozona

Rios Guaporé e Mamoré

tucunaré-fogo - 

Cichla mirianae 

Alto Xingu e Tapajós

tucunaré-pinima - Cichla pinima

Baixo dos Rios Tocantins, Xingu, Tapajós, Curuá-Una e Madeira. Introduzido no Rio Paraíba do Sul, Represa de Três Marias.

Essa espécie pode chegar a próximo de 1m e 10kg

tucunaré-açú, tucunaré-paca - Cichla vazzoleri

Sub-bacia dos rios Trombetas e Uatumã

Essa espécie pode chegar a próximo de 1m e 10kg

tucunare-amarelo, tucunaré-popoca, tucunaré-açuzinho - 

Cichla monoculus

Amazônica nos trechos de planice - Introduzido na

Represa de Três Marias, Rio Paranaíba, Sistema Cantareira, Furnas

Cichla Intermedia Machado-Allison

Rio Orinoco e Canal Cassiquiare - Colombia e Venezuela

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